quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Jogo minhas tranças de mel

A minha linguagem só será compreendida se for interpretada pelo seu coração
Cada poesia nada mais é do que uma meditação
Meus poemas são para mim
Explicação daquilo que estou sentindo
Preciso expressar
Isso me dá alívio.
Ao contrário de alimentar
Estou a extravasar
É o caminho para ficar em paz e não perder o prazer de amar
São meus sentidos aflorados que buscam teus olhos
E é meu coração talhado que anima-se quando lembra dos teus passos caminhando ao meu lado
Tudo em ti me agrada
Teus braços tatuados
Versos, cheiro, beijo, jeito e fala.
Carinhos entre a flor e o espinho são feitos porque são queridos
Não me importa a demora, enquanto não sentir-me segura, não irá abrir a porta.
Olho pela janela e jogo minhas tranças
A espera da serenata que sonho desde criança
Não é esperança, é confiança.
Tudo o que desejo contigo pode ser trazido por outro rapaz que me dê abrigo
Não te escrevo porque quero compromisso
Mas sim porque fui um dia feliz debaixo do teu boné
Ele me protegeu do sereno, do Sol e dos mané
Seria maravilhoso se um dia pudéssemos nos reencontrar e terminar de conversar
Mas se esse dia não chegar
Pego meu barco e ancoro em outro lugar
Porque não faz parte da minha vida lamentar
Se meu coração é ferido
Logo escrevo para sarar
Agora vou deitar
E se tu estiveres escutando
Aprendi outra cantiga pra te fazer ninar
Envolve teus braços no meu corpo
E vamos relaxar
Prometo que hoje
O boi da cara preta não vai te pegar...

Natália Azevedo