domingo, 22 de novembro de 2009

Deixo pra trás o rato e planto o trigo


Às vezes a lei da gravidade não conspira a favor
Quando menos espero, eu estou compondo flutuando
Dissolvendo a íra
Na terra eu me imponho e no céu eu me acalanto
Espaço aberto pelo afeto que quero
Um bom abraço e seus beijos eu espero
Para o progresso compro o ingresso
Faço de coração o processo
Amo e amo mesmo sem nexo
Algo além que causa perplexo
Diante de tudo isso
Recomponho o sucesso e saio do inferno
Prefiro sobrevoar a fazer parte desse elo
Que sem fazer questão de bom tom
Puxam pra baixo quem soma e faz um grave bom
Busco a paz e a verdade
Sem falsidade
Assim funciona a minha realidade
Não me comparo, apenas disparo
Cada caso é um caso
Priorizo no meu caminho o bom vinho e o bom amigo
Estou farta desses vícios
Eu alcanço o meu objetivo
Deixo pra trás o rato e planto o trigo
Vou debulhar
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão e me fartar de pão
Milton Nascimento e Chico Buarque tem razão

Nat

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